FREGUESIA DE ÁLVORA

Informação Sumária

Padroeira: Santa Maria/Nossa Senhora da Expectação.

Habitantes: 261 habitantes (I.N.E.2011) e 381 eleitores em 05-06-2011.

Actividades económicas: Agricultura.

Festas e romarias: Senhora da Cabeça (terça-feira de Páscoa), Santo António (13 de Junho), Santo Amaro, Senhor do Livramento, Senhora de Fátima e Festa do Santissímo, 3º Domingo de Agosto.

Património cultural e edificado: Igreja paroquial, capelas de Santo António e Senhora da Cabeça, Quinta do Prego (com capela de Santa Quitéria), Alminhas da Julgueira e Alminhas da Senhora da Cabeça.

Outros locais de interesse turístico: Monte do Crasto, lugar de Barbeitos, praia fluvial da Azenha e Lagoa de Cima.

Aspectos Geográficos

Álvora tem uma área de 497 ha e localiza-se a 10 km da sede do concelho, Arcos de Valdevez. Contava com uma população de cerca de 420 habitantes em 1999. É limitada a norte pelas freguesias de Portela e Anhões, esta última do concelho de Monção e Loureda, a leste; a sul por Aboim das Choças, o rio Vez e as freguesias  de Sá e Vilela; e a oeste ainda pela freguesia de Aboim das Choças. A freguesia de Álvora está situada num vale e abrange a serra da Anta, os montes da Lagoa e do Crasto.
Resenha Histórica
Na serra da Anta, que tem o seu topónimo derivado das Antas aí existentes, ainda visíveis na freguesia de Anhões do concelho de Monção, é possível que, nesta serra outras antas tenham existido, até porque estes montes, onde se estende a freguesia de Álvora, são fartos os vestígios arqueológicos. Assim é também o monte do Castro, onde existiu o Castro de Álvora. O livro “Terra de Valdevez e Montaria do Soajo” o autor, Eugénio de Castro Caldas, faz referência   ao Castro de Álvora, com o seguinte parágrafo: «O Castro de Álvora proporcionou a Carlos Aguiar Gomes a oportunidade  de um estudo pormenorizado, que publicou em Terra de Valdevez, de um espólio nunismático romano que vai desde Augusto (27 a.C. 14 d.C.) até praticamente, às invasões dos Bárbaros.»
A antiga freguesia de Santa Maria (Nossa Senhora da Expectação) de Alvora era abadia da apresentação do ordinário (co­mo aconteceu com a freguesia anexa de Sá) no termo de Vale de Arcos, e era seu donatário o visconde de Vila Nova de Cerveira. “Santa Maria de Álvora, abadia do ordinário, metade com toda a renda de S. Pedro de Sá, importa ao abade duzentos e cinquenta mil réis; e para a mesa arcebispal, com título de câmara de Álvora, a outra metade que rende oitenta mil réis: tem noventa vizinhos e boa pedra na Mourisca”.
A terra é fertilizada pelo rio Rajado (“de pequeno curso e pouca quantidade de águas, por cuja causa não é navegável. Tem alguns moinhos nesta freguesia e no lugar das Choças uma ponte de cantaria”).
A freguesia é constituída pelos lugares de Choças, S. Martinho, Casaldofe, Barbeitos, Fonte e Bouças (estiveram registados, no pas­sado, os “lugares de Barbeitães, Bouças, Casal Doufe, Choças, Fonte, Ribeiro e S. Martinho”).
No lugar de S. Martinho situou-se a capela de S. Martinho de Moimenta, que foi igreja paroquial, da visita do arciprestado de Loureda. Algumas das pedras desta capela foram depois transferidas para a capela da Senhora da Cabeça.
Grande parte das Choças terá pertencido a esta paróquia.
A antiga freguesia de “Sancti Martini de Moymenta”, citada nas inquirições de D. Afonso III, passou depois para a de “Sancte Marie d’ Alvar”, como é designada nas mesmas inquirições.
A igreja paroquial de Álvora, edificada num ermo, foi reconstruída no século XVII. “Situa-se num sítio denominado de Alvora donde toma o nome toda a freguesia, sem vizinhança nenhuma”. É de uma só nave. O pri­meiro pároco de que há notícia é do abade João Carlos Machado de Araújo, de 1782 a 1786.
No lugar de S. Martinho, diz José Cândido Gomes em “Terras de Valdevez” ter existido a antiga Capela de Valdevez de Moymenta, a qual foi igreja paroquial e da sua visita do arcebispado de Loureda.
Refere “(…) Não sei pois como é que os Corographos começaram a dar a Mey o ap­pellido de Moymenta quando Mey é mais moderna e no archivo do arciprestado de Loureda apparecem as duas parochias bem distinctas.
Algumas pedras das minas desta capela de S. Martinho foram por a Capella da Senhora da Cabeça, na mesma freguesia”.
A capela da Senhora da Cabeça, no cume do outeiro de Cacheiros, é local de festa e ro­maria anual, na terça-feira a seguir à Páscoa.
A zona mais populosa da freguesia é o lugar de Choças. O nome terá origem na estada, aqui, de um exército de D. Afonso Henriques, que se terá acolhido sob umas “choças de mí­sera aparência”. Estas choças terão sido construídas pelos espanhóis em 1128, pois a tradição diz que por aqui passou nesse ano D. Afonso VII, de Leão, com o seu exército, que seria depois derrotado na Veiga da Matança, próximo da vila dos Arcos de Valdevez.
Parte do lugar das Choças pertence à fre­guesia de Aboim, e foi nessa zona que esteve aquartelado em 1643 o exército do visconde de Vila Nova de Cerveira D. Diogo Lima, encar­regado de socorrer a praça de Monção, sitiada pelos castelhanos, nas guerras da Restauração.
A Quinta do Prego, também designada de Palácio dos Pugas, é uma casa do século XVIII, sóbria, de dupla escadaria e capela anexa, dedicada a Santa Quitéria. Foram seus últimos senhores António de Lima Brito, que teve brasão de armas em 1805, e seu filho António de Sousa Castro Prego.
Segundo os dados colhidos junto da autarquia em 1999, não há desemprego, cerca de 70% das terras cultivadas são de pequenas dimensões e destinam-se essencialmente ao autoconsumo. Há referência a iniciativas de jovens agricultores, sobretudo na área da viticultura. Os produtos principais que se retiram da terra são a batata, o milho, o vinho, hortifrutos, feijão e forragens.
Há  que referir aqui, o nome de duas associações que têm desempenhado um papel relevante nas áreas do desporto e da cultura. São elas a, “Associação Cultural e Recreativa Loureda-Álvora” e a “Associação de Caça e Pesca Extremo-Barbeitos”.
As belezas do rio Vez, as suas praias fluviais de Medelo e da Azenha, a prática desportiva de caça e pesca, o parque de merendas na Senhora da Cabeça e nos Fiais, assumem-se igualmente como pólos de atracção turística e a merecer investimento por forma a torná-los mais frequentados quer pelos habitantes de Álvora, quer por visitantes. Esses melhoramentos no entanto, deveriam ser acompanhados por outros mais básicos, mas igualmente importantes, como a melhoria das condições de trabalho e emprego e principalmente, a implantação da rede de saneamento.
No livro, “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo”, pode ler-se na integra:
«Os primeiros documentos que citam esta igreja datam de 991 e de 1156, segundo informa o Padre Avelino Jesus da Costa. Era denominada, nesses anos, “Alvari” ou “Sanctae Mariae de Alvar”.
Na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, efectuada por ocasião das inquirições de D. Afonso III, em 1258, Santa Maria de Álvora é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no catálogo das mesmas igrejas, mandado elaborar pelo rei D. Dinis, para a determinação da taxa a pagar por cada uma delas, “Sancte Marie d’ Alva” foi taxada em 40 libras.
Em 1444, a comarca eclesiástica de Valença foi desmembrada do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta até 1512.
Em 1546, na avaliação que o arcebispo D. Manuel de Sousa, mandou efectuar, Álvora aparece com um rendimento de 15 mil réis.
Era vigairaria da câmara arcebispal.
O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na sua cópia de 1580, refere que a capelania de Santa Maria de Álvora era da “câmara da Mesa Arcebispal”.
Segundo Américo Costa, esta igreja foi abadia da apresentação da Mitra, competindo ao seu abade o direito de apresentação da anexa São Pedro de Sá.»
 FREGUESIA DE LOUREDA

 

Informação Sumária

Padroeiro: S. Miguel.

Habitantes: 195 habitantes (I.N.E.2011) e 264 eleitores em 05-06-2011.

Actividades económicas: Agricultura e pecuária.

Festas e romarias: Senhora da Saúde (3º domingo de Julho), S. Brás (3º domingo de Junho) e Festa da Igreja (Janeiro).

Património  edificado e locais de interesse turístico: Igreja Paroquial, capelas de S. Brás da Anta e da Senhora da Saúde, belezas ribeirinhas do rio Vez, vistas panorâmicas sobre o Vale do Vez.

 

Resenha Histórica

Encontram-se referências a esta igreja em documentação dos anos de 991 e 1059, segundo informa o Padre Avelino Jesus da Costa (A Comarca Eclesiástica  de Valença do Minho). Era então denominada “Laurito” ou “Laureda”. Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, São Miguel de Laureda é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui. Em 1320, no catálogo das mesmas igrejas, mandado efectuar pelo rei D. Dinis, para o pagamento de taxa, Louredo foi taxada em 30 libras.  Em 1444, a comarca eclesiástica de Valença, desde o rio Lima até ao Minho, foi desmembrada do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta. Em 1512, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu a D. Henrique, bispo de Ceuta, a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do   Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta. Para a incorporação dos 140 benefícios eclesiásticos de Entre Lima e Minho na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou proceder a sua avaliação. Loureda rendia 19 réis e meio, 15 alqueires de pão terçado e meia libra de cera. Em 1546, no Memorial do vigário da comarca de Valença, Rui Fagundes, São Miguel de Loureda figura como sendo anexa ao arciprestado de Valdevez, que foi avaliado em 30 mil réis. O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580 que o Padre Avelino Jesus da Costa analisou para a elaboração do seu livro “A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho” refere que esta igreja se mantinha ao tempo  anexa ao arciprestado de Valdevez. Segundo Américo Costa, foi vigairaria da apresentação do arcipreste da Sé de Braga.

(Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias,Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI, Terra de Valdevez e Montaria do Soajo)
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